31 Maio, 2017
Passos Coelho visita Centro Hospitalar do Algarve que permanece como o deixou
O SEP diz que Pedro Passos Coelho encontrou o Hospital de Faro como o deixou e que as críticas que faz ao atual Governo também “servem” para a sua gestão de 2011 e 2015.

 

Em reunião com os sindicatos e com as ordens profissionais no Hospital de Faro, Passos Coelho confessou ter “uma certa aversão pela demagogia barata” mas diz “ter a noção que muitos dos problemas apontados pelos profissionais têm vindo a agravar-se ao longo dos anos”.

O líder do PSD refere que reduziu a dívida acumulada na saúde de 3,2 mil milhões de euros para 2 mil milhões e acusa o atual governo de falta de investimento e de falta de recursos nos serviços.

O SEP acusa o ex-primeiro-ministro de que a “poupança” feita na saúde foi à custa dos cortes nos salários, direitos dos profissionais e da saúde dos utentes que viram a resposta às suas necessidades muito limitada.

Passos Coelho aponta ainda o aumento dos tempos de espera e as dificuldades de resposta às solicitações na área da Cirurgia e outras especialidades, o que leva a que as pessoas se desloquem ao privado ou sejam transferidas para outras unidades públicas. Acusa também o Ministro das Finanças de cortar no investimento público para cumprir o défice, e que existem menos enfermeiros no Algarve em relação à média do resto do país.

Ao mesmo tempo exige um hospital novo para o Algarve e afirma não perceber porque deixou de ser uma prioridade no plano nacional tendo em conta que sem infraestruturas não é possível fixar profissionais.

Passos Coelho diz existir uma retórica que não casa com a realidade. O SEP questiona se Pedro Passos Coelho estará a referir-se ao atual Governo ou a si próprio, uma vez que todas as falhas, por ele agora identificadas, já existiam na altura em que governava sem que as tenha resolvido, mas sim agravando-as.

 

Nota envida à comunicação social a 31 de maio de 2017.