28 Agosto, 2013
21 enfermeiros que trabalham do Hospital de Portimão e Lagos foram notificados que o seu contrato não será renovado não obstante a ARS do Algarve ter divulgado recentemente que faltariam 158 enfermeiros no Centro Hospitalar do Algarve.

 

A incoerência é ainda maior porque a administração do centro hospitalar e o ministro da saúde admitiram não despedir enfermeiros, pelo contrário, que será necessário admitir mais.

Os sinais da falta de enfermeiros nos serviços são por demais evidentes. Eis alguns exemplos:

  • O serviço de Medicina 3 em Lagos tem 11 enfermeiros de baixa (1/3 do total da equipa) que não foram substituídos obrigando a uma sobrecarga diária dos que lá trabalham;
  • Redução do número de enfermeiros nos vários turnos em alguns serviços;
  • Continuam a existir serviços de internamento, como o de ginecologia de Portimão em que nalguns turnos apenas 1 enfermeiro assegura a prestação de todos os cuidados, o que representa uma situação de risco para as utentes;
  • Este verão não foi autorizado o “tradicional” reforço de profissionais nos serviços de urgência básica o que torna muito complicado e moroso o atendimento aos utentes, tendo em conta o aumento da população no Algarve;
  • Também a falta de material clínico e medicação tem motivado transferências de doentes dos serviços de urgência básica para o hospital de Faro;
  • A generalidade dos serviços hospitalares sofre uma carência crónica de enfermeiros de acordo com a Administração Central dos Sistemas de Saúde, IP

Os utentes pagam a saúde através dos seus impostos e, afirma o SEP, deveriam ter direito a um serviço seguro e com qualidade.

Para denunciar estas e outras situações o SEP convida os jornalistas para uma conferência de imprensa, dia 29 de agosto, na Praia da Rocha (Miradouro junto ao restaurante Morango Ice), às 10,30h onde poderão ver as exigências dos enfermeiros a “pairar no ar”.

Informação enviada à comunicação social a 28 de agosto