5 Dezembro, 2017
Trabalhadores do Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa reafirmam Greve Total a 4 e 5 de dezembro
Os trabalhadores do Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa (HVCP), no plenário realizado em 27 de novembro, reafirmaram a sua determinação de manterem a Greve Geral decretada para os próximos dias 4 e 5 de dezembro, na defesa do Acordo de Empresa (AE) e pela integração de todos os colegas subcontratados no mesmo.

 

Os trabalhadores já estiveram em Greve no passado dia 8 de junho e voltam à luta face ao impasse demonstrado pela Administração do HCVP, que apresentou a Denúncia do AE em novembro de 2015 (numa base equiparada ao Código do Trabalho) – e que ao longo do processo negocial iniciado em fevereiro de 2016, após mais de 1 ano e 22 reuniões, não apresentou qualquer evolução.

Os Sindicatos apresentaram durante este período novas propostas – a última das quais, a 28 de abril de 2017, reformulada e mais aproximada à da Administração -, mas sem qualquer evolução da parte desta, na reunião que se seguiu realizada em 24 de maio.

A 19 de junho, a Administração requereu a Caducidade do AE junto do Ministério do Trabalho. Em retaliação à Greve realizada no dia 8 de junho, a Administração desmarcou igualmente a reunião negocial agendada para o dia 22 de junho e declarou que o “AE tinha acabado” (!).

Os Sindicatos requereram de imediato o procedimento de Conciliação previsto na Lei, mas em 3 reuniões realizadas com os representantes da Administração, e uma outra entretanto pedida pelos Sindicatos à própria Administração, foram infrutíferas, mantendo o impasse negocial.

Os Sindicatos requereram a Mediação do processo junto do Ministério do Trabalho e solicitaram entretanto reuniões à Direção Geral da Saúde, que aguarda presentemente uma resposta para agendamento, e às entidades accionistas do HCVP: Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) e Parpública, no sentido do desbloquear esta situação de impasse e salvaguarda da paz social na instituição.

As reuniões com estas entidades concretizaram-se nos passados dias 21 de novembro com a CVP e no dia 24 de novembro com a Parpública, com a presença dos respetivos presidentes Dr. Francisco George e Dr. Miguel Cruz. Nestas reuniões, os responsáveis informaram os Sindicatos de que iriam reunir com a Administração do HCVP, no sentido desta situação poder vir a ser desbloqueada.

Os Sindicatos informaram que ficariam a aguardar dentro da maior brevidade possível, atendendo à Greve decretada, os resultados destas iniciativas, no sentido de privilegiar a manutenção da paz social e do prestígio da instituição, conquistado com a dedicação e o empenho dos seus trabalhadores.

Atendendo a que até ao momento, não houve qualquer iniciativa positiva por parte da Administração, os Sindicatos, assumindo o mandato do Plenário de Trabalhadores do HCVP, declaram manter a Greve para os dias 4 e 5 de dezembro, lamentando contudo esta postura dos responsáveis institucionais, a quem endossam toda a responsabilidade por esta instabilidade laboral e pelas suas consequências, para a instituição e para os seus utentes.