2 Maio, 2013
Decorrente da informação da ARS do Algarve que teriam proposta ao Ministro da Saúde a criação do Centro Hospitalar do Algarve, o SEP solicitou a proposta pormenorizada, incluindo os estudos com o respectivo impacto orçamental desta medida.

 

Segundo o SEP, a ARS nunca enviou qualquer estudo ou fundamentasse a razão daquela proposta. Considera inadmissível que os parceiros sociais tenham sido arredados desta discussão até pelas consequências que pode ter para os profissionais e populações.

O presidente da ARS afirma que esta solução permitirá reduzir as despesas e gerir melhor os recursos (apenas um conselho de administração, compra de materiais centralizada e uma articulação das urgências de especialidades permitindo uma diminuição da deslocação de doentes para fora da região) e nega o encerramento de qualquer serviço, pelo contrário assume que o hospital de Portimão será reforçado.

Para aquela estrutura sindical “as palavras leva-as o vento”. “Até hoje não nos foi entregue qualquer fundamentação económica ou outra que permita dizer que vai haver redução de custos a curto, médio e longo prazo”.

A audição requerida pelo Bloco de Esquerda ao Presidente da ARS é esperada com alguma expectativa na medida em que poderá esclarecer alguns aspectos nomeadamente que articulação entre os serviços de urgência, manutenção de todos os serviços existentes hoje em cada uma das unidades e as implicações na acessibilidade dos utentes. A situação dos profissionais também é uma preocupação.

SEP acusa ainda o presidente da ARS para a exigência de serem resolvidos alguns dos problemas dos enfermeiros, antes da criação do centro hospitalar entre eles a questão das 35 horas. Este problema associado à exigência da harmonização salarial já levou à realização de uma greve de um turno.

Outras greves poderão vir a acontecer, assume o SEP.

Informação enviada à Comunicação Social a 5 de fevereiro de 2013