3 Julho, 2018
Desinvestimento na Guarda leva ao encerramento de serviços de saúde
Há muito que denunciamos a grave carência de enfermeiros na Unidade Local de Saúde da Guarda e alertamos para as suas consequências - redução da qualidade e dos serviços de saúde que são prestados à população. E a culpa não é da recente alteração para as 35 horas semanais.

 

Este e os anteriores governos têm preferido olhar para o lado e, desta forma, colocar em causa uma obrigação que lhes cabe como função social do Estado – garantir a prestação de cuidados de saúde à população.

Os problemas estruturais que temos vindo a identificar e as respetivas consequências do desinvestimento nos serviços de saúde aí estão:

  • A administração da Unidade Local de Saúde da Guarda acaba de encerrar cerca de 30 camas no Hospital Sousa Martins, na Guarda, e 3 no serviço de internamento de curta duração do Hospital Nossa Senhora da Assunção, em Seia.
  • Com esta decisão, só no Hospital Sousa Martins encerra a Unidade de Cuidados Intermédios Coronários, para além de 4 camas de internamento no serviço de cardiologia, 6 camas no serviço de pneumologia, 8 camas no serviço de ortopedia, 8 camas no serviço de cirurgia e 2 camas no serviço de pediatria.

Embora sem surpresa, pois para isso fomos alertando há muito, é com grande desagrado e extrema preocupação que tomamos conhecimento desta decisão. As consequências são gravíssimas para uma população do interior, que fica com uma grave redução da oferta em cuidados de saúde que, já por si, tinha grandes debilidades.

Face a estes acontecimentos, exigimos, mais uma vez, a contratação imediata de enfermeiros para que esta população não fique, novamente, prejudicada pelas opções políticas dos sucessivos governos.

 

 

Nota enviada à Comunicação Social em 3 de julho de 2018.