22 Agosto, 2018
Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga: greve a 29 de agosto
A 29 de agosto, os enfermeiros fazem greve no turno da manhã. Reivindicam a correta contagem dos pontos para efeito de descongelamento das progressões, independentemente do vínculo. Haverá uma concentração pelas 10 horas, à entrada do Hospital S. Sebastião.

 

Neste comunicado sublinhamos o impacto que terá para a vida de cada enfermeiro não progredir.

O congelamento das progressões aconteceu em agosto de 2005.

Mais tarde, em 2008, impuseram aos enfermeiros que os anos de serviço se transformassem em pontos e consideraram que estaríamos a “soma-los” desde 2004.

Nas palavras da enfermeira Dulce Silva, encontramos as de todos: “Tenho mantido a esperança de que descongelem a minha progressão na carreira e que valorizem os meus anos de trabalho, as competências que fui adquirindo ao longo dos muitos anos de trabalho e a responsabilidade que fui assumindo. Sim, porque hoje sou uma profissional mais competente do que quando comecei a trabalhar.”

Finalmente, o Orçamento do Estado consagra o descongelamento das progressões, e para cada enfermeiro, é um dado adquirido que a regra imposta pelo governo em 2008 (anos = pontos) seja de fácil aplicação.

 

Para o SEP não há dúvidas quanto às regras e a sua aplicação:

  1. atribuição de 1,5 pontos por cada ano desde 2004 a 2014;
  2. o reposicionamento para os 1201,48€ não seja considerado valorização salarial e, desta forma, não releve para efeitos de atribuição de pontos;
  3. as regras para atribuição de pontos/progressão salarial sejam aplicadas a todos os enfermeiros independentemente do vínculo que possuem.

 

A administração do Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga, EPE tem o poder e a autonomia para decidir a progressão de cada e de todos os enfermeiros, independentemente do vínculo. Sim, é verdade.

 

O exemplo que trazemos da enfermeira Fernanda Lopes é, no fundo, o exemplo de muitos de nós.

E demonstra a importância de exigirmos ao CHEDV o que já é nosso.

 

ENF.ª FERNANDA LOPES

“Iniciei a minha carreira em janeiro de 92. No ano de 2000, concluí o curso de estudos superiores especializados em administração dos serviços de enfermagem sendo-me conferido o grau de licenciada. Mais tarde, em 2009, adquiri o título de enfermeira especialista de saúde mental e psiquiatria e desde 2010 que exerço essas funções no Hospital de Dia de Psiquiatria.

Apesar do meu investimento na formação e, por consequência, na carreira, não tenho nenhuma valorização salarial desde 2004 (há 14 anos). Atualmente, aguardo que a minha instituição proceda à contabilização dos pontos e respetiva atualização remuneratória.

No meu caso serão 1,5 pontos por cada ano de trabalho de 2004 até 2014 e 1 ponto por cada um dos anos de 2015 e 2016. No total terei 18,5 pontos que me darão para progredir na grelha salarial.”

Colega, se te identificas – de uma forma ou outra – com este exemplo, no dia 29 de agosto ADERE À GREVE e PARTICIPA NA CONCENTRAÇÃO às 10 horas na entrada do Hospital de São Sebastião.

Este é o momento para mostrares à administração do Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga, EPE que os teus anos de serviço (os teus pontos) TÊM QUE SER CONTADOS e que todos os direitos – para além da progressão – são garantidos.

Nomeadamente:

  • O pagamento do suplemento remuneratório a todos os enfermeiros especialistas,
  • A urgente admissão de mais enfermeiros,
  • A aplicação efetiva das 35 horas semanais a todos os profissionais e o gozo de elementares direitos (folgas e feriados)

A PROGRESSÃO – E ESTES DIREITOS – NÃO PODEM SER UMA ILUSÃO!