Segundo o SEP, 22 enfermeiras que estavam a desempenhar funções nos centros de saúde da região, em regime de subcontratação, foram informadas telefonicamente para não comparecerem nos seus postos de trabalho a partir de hoje, 9 de Novembro.
Esta situação decorre, aparentemente, de uma decisão do tribunal de contas que detectou ilegalidades no acordo firmado entre a ARS do Algarve e a empresa de trabalho temporário.
Para o SEP estes profissionais para além de absolutamente necessários para o funcionamento dos serviços aumentam o número de desempregados, já de si elevado no país.
Ainda, segundo a mesma fonte, os cuidados de enfermagem serão afectados, quer directamente pela interrupção do trabalho que estava a ser desenvolvido, quer indirectamente pela sobrecarga de trabalho imposta aos restantes profissionais.
Eis o retrato das consequências efectuado pelo SEP:
Centro de Saúde de Lagos – serão afectados os cuidados continuados, saúde materna e infantil, saúde do adulto e tratamentos.
Centro de saúde de Portimão – sala de tratamentos, consulta aberta e departamento de saúde materno e planeamento familiar.
Centro de Saúde de Aljezur – extensões de saúde
Centro de Saúde de Vila do Bispo – sala de tratamentos e possível encerramento de extensões.
Centro de Saúde de lagoa – consulta de saúde no adulto, saúde materna, saúde infantil, consulta de diabetes e planeamento familiar, consulta de híper coagulação onde é imprescindível a presença de um enfermeiro.
Centro de Saúde de Loulé – extensão de Almancil fica a funcionar apenas com 1 enfermeiro quando tinha 3. Extensão de Quarteira perde 1 enfermeiro. Alte ficará sem cuidados de enfermagem. Na sede ficam afectados as consultas dos utentes sem medico de família, hipo coagulação, saúde infantil, saúde materno e planeamento familiar. O ficheiro de vacinação fica por actualizar colocando em risco a promoção de adesão à vacinação.
Centro de Saúde de Albufeira – comprometido o atendimento dos utentes sem médico de família, cerca de 12 mil, no que se refere a tratamentos e consultas de vigilância infantil e juvenil, saúde materno e planeamento familiar, saúde reprodutiva. Já hoje esteve encerrado o local onde ser realizava a marcação de consultas, peso de bebés, vacinação da gripe testes de diagnóstico precoce.
O SEP e os enfermeiros têm vindo a alertar a ARS do Algarve e o Ministério da Saúde para a necessidade de serem tomadas medidas urgentes sem que tenham obtido qualquer resposta.
Fonte sindical afirma “comprova-se a contradição entre o discurso político do Ministério da Saúde e a realidade vivenciada. É a desresponsabilização total”, acusam “e um desrespeito por utentes e profissionais”.
O sindicato exige a readmissão imediata dos profissionais.
Informação enviada à comunicação social a 9 de Novembro de 2010.