29 Março, 2018
No passado mês de fevereiro, o Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde Litoral Alentejano (ULSLA) admitiu necessitar de cerca de 90 enfermeiros para manter a atividade assistencial da instituição. 

 

Apesar deste Conselho de Administração admitir a falta de enfermeiros, o SEP confirmou o despedimento de 6 enfermeiros com contratos de substituição e com contratos ao abrigo da contingência da gripe. Estes já foram informados da não renovação dos seus contratos/despedimentos.

Por este motivo, no mês de março em toda a ULSLA a carência de profissionais de enfermagem agravou-se. Situação com tendência a prolongar-se nos próximos meses.

Face à contínua carência de enfermeiros verificou-se o encerramento de camas e atividades em vários serviços/unidades. Prejudicando a acessibilidade dos utentes aos cuidados de saúde a que têm direito.

Foram já canceladas cirurgias por motivo do encerramento de camas imprescindíveis para os utentes operados.

No mês de abril vários serviços decidiram uma redução do número de enfermeiros por turno e um aumento do número de horas extraordinárias. Esta situação aumenta o desgaste e cansaço que estes profissionais já hoje manifestam, bem como um risco para os utentes.

Temos exigido junto do Ministério da Saúde e do Ministério das Finanças a vinculação de todos os enfermeiros com vínculo precário e a admissão imediata entre 500 a 1.000, a nível nacional.

Perante esta inadmissível carência de enfermeiros, convocámos uma concentração a 6 de abril, pelas 17h30, à porta do Hospital do Litoral Alentejano com o objetivo de denunciar esta situação.

Apelamos, por isso, à participação de todos os utentes nesta concentração, contra o encerramento de serviços, pela admissão de enfermeiros e pelo reforço dos cuidados de saúde prestados pela ULSLA à população.

Esta concentração conta com o apoio da Comissão de Utentes e da União de Sindicatos de Sines.

 

Nota enviada à comunicação social a 27 de março 2018.