Lutar é questão de dignidade. Os enfermeiros exigem ser respeitados.
A 20 e 21 de setembro os enfermeiros vão realizar nova greve.
Além da revisão da sua carreira e do pagamento do parco suplemento remuneratório a todos os enfermeiro especialistas exigem a admissão de mais enfermeiros.
As necessidades das pessoas que exigem mais cuidados de enfermagem continuam a crescer exponencialmente. Porque são poucos nos serviços, os enfermeiros andam exaustos. Há enfermeiros no desemprego e o governo não permite admissões suficientes.
É inadmissível. Mas, o que bate mais fundo na alma dos enfermeiros, relacionado com o famigerado descongelamento das progressões, é a falta de respeito pelo seu percurso profissional e a discriminação entre pares com base no tipo de contrato.
Sendo pioneiros na implementação de avaliação do desempenho e rigorosos na sua realização, vem agora o Ministério das Finanças com interpretações legais que visam roubar pontos a milhares de enfermeiros. A outros milhares, que tiveram uma atualização faseada do salário mínimo, o Ministério das finanças pretende eliminar vários anos de serviço. Ou seja, enfermeiros com um mês e até 25 anos de trabalho auferem o mesmo salário. Por isso, lutar é uma questão de dignidade profissional. Exigem ser respeitados.
CORREIO DA SAÚDE
Artigo de José Carlos Martins, Presidente do SEP
Publicado no Correio da Manhã 13-09-2018
