Estivemos hoje em Coimbra em mais uma ação de protesto onde avançámos com a denúncia pública da falta de assistentes operacionais e de material nas unidades de saúde da Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro, situação agravada pela pandemia Covid-19.
Esta situação é grave e compromete a aplicação de medidas de controlo da pandemia, tais como a higienização e desinfeção das instalações e equipamentos, com repercussões altamente negativas para todos – profissionais de saúde e utentes.
Paulo Anacleto, dirigente do SEP, adianta que quando identificámos à ARS a falta de assistentes operacionais, a ação tida por esta administração foi a de encerrar dois serviços no Hospital Sobral Cid e extensões de saúde em Penacova, Lousã e outros do denominado Pinhal Interior, numa tentativa de “mascarar” este evidente problema.
Apurámos ainda que a recolha de resíduos hospitalares não está a ser realizada de forma adequada em algumas unidades, acumulando-se por vários dias lixo contaminado sem o devido acondicionamento.
A situação torna-se ainda mais gravosa devido à carência de material básico como contentores, luvas, baldes de contaminados e de reciclagem, materiais para pensos e sondas, medidores de pressão arterial, balanças e craveiras.
Foram-nos ainda relatadas situações de enfermeiros que têm de comprar as suas fardas e que, por insuficiência de frotas automóveis – e para responder às necessidades dos utentes – veem-se obrigados a efetuar visitas domiciliárias com recurso a táxis, o que representa um risco acrescido em plena pandemia.
Estes são problemas verdadeiramente intoleráveis e, por isso, exigimos à ARS Centro a resolução dos mesmos e a adoção de planos de prevenção e de controlo de infeção adequados, responsáveis e rigorosos.
