14 Dezembro, 2016
Enfermeiros da Urgência do hospital de Portimão enviam manifesto ao ministro da saúde
No decurso da visita do Secretário de Estado da Saúde ontem ao Algarve, os enfermeiros da Urgência de Portimão entregam cópia do Manifesto “por condições de trabalho dignas e cuidados de saúde de qualidade e segurança” dirigido ao Ministro da Saúde. O SEP consegue breve reunião com o secretário de estado da saúde para expor estes problemas.

Este manifesto foi também dado a conhecer a várias entidades como o Conselho de Administração do Centro Hospitalar Algarve, ARS Algarve, Direção Geral de Saúde, IGAS, Entidade Reguladora da Saúde, Comissão Parlamentar da Saúde, Presidente da Câmara Municipal de Portimão, AMAL, SEP, OE.

O Manifesto, que pode ser lido na íntegra em anexo, para além de descrever a situação vivida diariamente na urgência do hospital de Portimão, aponta também propostas de solução para melhor segurança dos utentes e profissionais.

Foi subscrito no espaço de 3 dias por 47 enfermeiros de uma equipa que é constituída por 60 e esperam sinceramente ser ouvidos pelo Ministério da Saúde para que, de uma vez por todas, sejam adotadas as necessárias medidas a fim de se ultrapassar esta triste realidade.

No discurso de inauguração da USF Atlântico Sul no Centro de Saúde de Portimão, o Dr. Manuel Delgado avançou que a solução para a resolução dos problemas dos serviços de Urgência, passam também pelo reforço dos Cuidados dos Saúde Primários e por uma maior disponibilidade dos profissionais junto dos utentes no sentido de se prevenir idas à Urgência.

O SEP solicitou, no momento, uma breve reunião ao Sr. Secretário de Estado da Saúde, e chamou a atenção que para a concretização do seu discurso são necessários mais meios, nomeadamente cerca de 150 enfermeiros nos Cuidados de Saúde Primários e 450 nos Hospitais Algarvios e ainda viaturas, tendo em conta que as existentes são insuficientes, com avarias frequentes e algumas bastante degradadas.

O SEP relembrou ainda outras reivindicações dos enfermeiros, como sendo a aplicação na prática das 35h a todos os enfermeiros, independentemente do vínculo laboral e a reposição do valor integral das horas de qualidade e extraordinárias.

Ao SEP, o Secretário de Estado apontou como constrangimento as questões orçamentais, razão pela qual estranhamos que as suas declarações à TVI tenham sido “o problema não está na capacidade do governo ou na vontade em admitir as pessoas, o problema está (…) na dificuldade que temos em cativar recursos para o Algarve”. Afinal em que ficamos?

 

Informação enviada à Comunicação Social a 13 de dezembro de 2016.