13 Dezembro, 2016
Unidade de Saúde do Alto Minho em dívida aos enfermeiros
O caos instalou-se no hospital de Ponte de Lima. Nos serviços de Medicina estão em dívida 200h por enfermeiro. Ainda mais grave é a questão das enfermeiras que amamentam estão a ser “avisadas” que não podem continuar a fazê-lo. SEP responsabiliza Ministério da Saúde por esta vergonhosa situação. 


Os 55 pedidos de autorização que “deambulam” entre a Unidade Local de Saúde do Alto Minho e o Ministério da Saúde desde agosto deste ano está a ter consequências dramáticas naquela instituição, em especial no Hospital de Ponte de Lima.

 

Nos serviços de Medicina, diariamente com sobre lotação de doentes, a maioria dos enfermeiros já acumula até 200 horas cada sem previsão de quando poderão ser pagas.

 

200 horas equivalem a mais de 4 semanas de trabalho que é de 140 horas. Ou seja, a maioria dos enfermeiros já poderia 1 período de referência de trabalho completo em casa a gozar os descansos que semanalmente lhes estão a ser “roubados”.

 

Em consequência deste “cenário terceiro mundista” existem enfermeiras que, de acordo com a lei, têm direito a uma redução de duas horas diárias para amamentarem os filhos.

Essas enfermeiras estão a ser “avisadas” que mesmo que apresentem o comprovativo que continuam a amamentar não lhes vai ser autorizado a redução das 2 horas.

 

Outra “hipótese” que está a ser apresentada às enfermeiras é que não gozem essas 2 horas/dia de trabalho e que as acumulem em dias que se irão juntar às já centenas de horas em divida.

O SEP exige:

  • a rápida admissão de enfermeiros,
  • o pagamento imediato, de acordo com a preferência dos interessados, das horas a mais, ou seja, em tempo e/ou em dinheiro
  • o cumprimento do regulamento de horários negociado naquela instituição e de todos os direitos consagrados na lei.

A ULSAM deve 3.514 dias de descanso que corresponde a uma dívida de 281.110 euros e a mais 200 enfermeiros que ali deveriam trabalhar.

 

Informação enviada à Comunicação Social a 13 de dezembro de 2016.