29 Julho, 2014
Governo, através do Ministério da Saúde, é responsável pela degradação das condições de trabalho dos enfermeiros.

A situação de ruptura iminente na maioria dos serviços hospitalares e centros de saúde consequência, entre outros factores, da extrema carência de enfermeiros parece só preocupar os próprios e o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses.

O aprofundamento destes e de outros problemas está na origem do pedido de reunião ao Ministro da Saúde.

O SEP acusa o governo através do Ministério da Saúde da degradação dos serviços de saúde e das condições de prestação de cuidados de enfermagem, designadamente e a título de exemplo:

• Não admissão de enfermeiros de acordo com as necessidades identificadas e de acordo com as Dotações Seguras;

• Não substituição dos enfermeiros ausentes devido a licenças parentais, acidentes de trabalho, atestados médicos, atc;

• Redução do numero de enfermeiros por turno;

• Aumento da carga de trabalho por imposição de trabalho extraordinário programado para suprir as necessidades dos serviços;

• A lei 68/2013, imposta pelo Governo/ministério da saúde prevê, para além das 40 horas/semanais, dois dias de folga que a maioria das instituições não cumpre;

• O intervalo entre cada turno tende a ser cada vez menor impossibilitando o descanso imprescindível para que o enfermeiro esteja e se sinta com a disponibilidade física e mental para as necessidades dos doentes e famílias;

• Aumento das situações de turnos de 12 e 16 horas;

• Desmembramento das equipas alocadas às diferentes Unidades Funcionais nos Centros de Saúde impossibilitando a prossecução dos programas de promoção e prevenção que estavam em desenvolvimento.