Na realização do debate ‘Passado com Futuro - As lutas dos enfermeiros nos anos 60, 70 e 80’, o SEP apresenta alguns testemunhos de enfermeiros bem como referências históricas na conquista de direitos na profissão.
A Direção Regional de Lisboa, juntamente com o grupo de reformados do SEP, realizou no dia 19 de abril um debate sob o tema ‘Passado com Futuro – As lutas dos enfermeiros nos anos 60, 70 e 80’.
A história da luta dos enfermeiros está intimamente ligada à luta das mulheres por direitos elementares e ficou marcada pela resistência e coragem.
Como exemplo, temos a conquista do direito ao casamento no início dos anos 60, após anos de resistência, prisões, despedimentos, vida afetiva clandestina e de impedimento legal da maternidade.
Foi nesta década que se consagrou o ensino de enfermagem nas mãos dos enfermeiros e em que se desenvolvem esforços por parte dos auxiliares de enfermagem, à margem do sindicato corporativista ligado ao regime, pelo tratamento igual e continuação da sua formação. A década de 70 é a década de ouro no que diz respeito à conquista de direitos marcada pela revolução dos cravos.
Por esta altura e para a enfermagem, realizou-se o primeiro congresso nacional de enfermeiros que defendeu a integração do ensino de enfermagem no sistema superior, bem como a defesa do estatuto profissional.
Com a revolução de abril, os sindicatos passam a ser independentes, o que levou à criação de sindicatos capazes de defender os enfermeiros, neste caso com os sindicatos regionais do norte, centro, sul e Madeira.
Os enfermeiros têm um longo historial de lutas e o legado que nos deixaram acrescenta-nos mais responsabilidade para o futuro.
A História demonstra que há momentos de resistência e de conquista, mas só a persistência e a luta organizada trazem frutos e delas dependem a melhoria das condições de trabalho. O passado com futuro dos enfermeiros comporta o património que queremos preservar e defender, a começar na manifestação do 1º de Maio e nas comemorações populares do 25 de abril.
