15 Setembro, 2014
No 35º aniversário do SNS, SEP congratula gerações de enfermeiros que o ajudaram a construir.  O SNS foi, é, uma das maiores conquistas civilizacionais do país. Em poucos anos, Portugal colocou-se entre os países mais desenvolvidos no que diz respeito a vários indicadores de saúde.

O acesso geral, universal e tendencialmente gratuito, tem sido o garante que todos os cidadãos, têm direito a cuidados de saúde, independentemente da raça, sexo, cor, religião, condições económicas e/ou idade.

No dia em que comemora os 35 anos do SNS importa reafirmar que o serviço público de saúde, está em risco.

Os sucessivos cortes protagonizados por este Governo, muito para além da imposição da troika que continua no ano de 2015, tem estrangulado o funcionamento de todas as instituições de saúde.

A falta de profissionais, em concreto de enfermeiros, é uma forma de descapitalização do SNS que coloca em causa o regular funcionamento das organizações.

A desvalorização do trabalho é motivo de desmotivação dos enfermeiros e mais um factor de abandono da profissão.

O Ministro da Saúde continua a falar em reformas do SNS sem que o discuta com os parceiros. Foi assim com a reorganização dos serviços de urgência, com a reorganização dos hospitais e agora com a suposta rede de referenciação hospitalar que se prevê vir a integrar a rede de referenciação europeia. Nenhuma das fusões de hospitais foi precedida de um estudo que o sustentasse e de um plano estratégico de futuro.

O mesmo aconteceu com a fusão de Agrupamentos de Centros de Saúde. A reforma dos Cuidados de Saúde Primários é, nos dias de hoje, pura propaganda governativa.

O SNS não teria sido de sucesso sem a ajuda, o compromisso, a responsabilidade e a qualificação dos seus profissionais. E os enfermeiros sempre assumiram que o SNS era a sua primeira escolha e foi, também, pelo SNS que foram exigindo melhorias nas suas condições de trabalho.

Esta luta continua! No dia 24 e 25 de Setembro os enfermeiros estarão em greve, tal como já estiveram gerações de outros enfermeiros, para defender o SNS, pela possibilidade de continuarem a prestar cuidados de excelência e por melhores condições de trabalho, incluindo, a valorização do seu trabalho.