4 Abril, 2018
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra viola a lei
Promovemos ontem, dia 2 de abril, um plenário com os enfermeiros do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), onde foram abordadas duas problemáticas que têm implicação direta com a generalidade dos enfermeiros: parentalidade e horários.

 

Quanto à nova tipologia dos horários de trabalho, recentemente implementada, designadamente com a redução de uma hora no turno da manhã, com início do turno da tarde uma hora mais cedo e o aumento de meia hora no turno da noite, os enfermeiros expressaram o seu total desacordo por interferir negativamente na sua vida pessoal/familiar assim como verificarem que é colocada em risco a segurança do doente e a qualidade dos cuidados.

Já em outubro passado, no nosso direito legal de audição, pronunciámo-nos desfavoravelmente perante aquela intenção de alteração (ver documento).

Sabe-se também que a administração do CHUC recebeu inúmeras pronúncias individuais de enfermeiros, manifestando-se contra aquela tipologia, sem que tivesse em consideração essas múltiplas opiniões.

Quanto aos Direitos de Parentalidade, no que à flexibilidade do horário concerne, é uma afronta aos direitos das mães/dos pais, a revogação ilegal do horário de trabalho semanal, de segunda a sexta-feira, aos enfermeiros a quem já foi deferido o seu pedido daquela modalidade de horário.

Sobre esta problemática, já nos pronunciámos em documento dirigido à administração do CHUC, reiterando que a tentativa de revogação das normas que regulam o exercício da Parentalidade é juridicamente inexistente, ineficaz e ilegal (ver documento).

Até à presente data, a administração do CHUC ainda não nos respondeu.

Deste modo, e perante o quadro exposto, os enfermeiros em plenário:

  1. Decidiram que durante o presente mês de abril fariam uma concentração junto à entrada principal dos HUC, e até lá se iria elaborar um abaixo-assinado a expor a situação de ilegalidade quanto à revogação da flexibilidade do horário, bem como o seu desacordo em relação à nova tipologia dos horários.
  2. Reiteraram a urgente resolução do pagamento de cerca de 100 mil horas extraordinárias em crédito e a urgente contratação de mais de 200 enfermeiros que o CHUC carece.

Estes são dos muitos problemas que a instituição urge resolver de forma legal e não violando os direitos de quem trabalha.

 

Nota enviada à comunicação social a 3 de abril de 2018.