17 Novembro, 2016
Histórias de agressões a quem trabalha
O último relatório da Direção Geral de Saúde sobre queixas contra profissionais de saúde, diz que foram registados 133 casos de violência física a nível nacional. Na reportagem feita pelo jornal "Região de Leiria", destacamos o relato da Dirigente do SEP.

 

Uma enfermeira sofreu uma agressão física, o ano passado, num serviço de urgência da região. E para além das consequências físicas, há cicatrizes emocionais que perduram.

“Tem consequências a nível pessoal e familiar. Não é fácil gerir estas situações”, aponta Maria Jesus Fernandes, responsável da delegação de Leiria do Sindicato de Enfermeiros Portugueses. Depois de uma agressão, a desmotivação e o medo toldam o desempenho profissional, revela. A dirigente sindical explica que estes casos não são tão raros como se possa pensar. Têm vindo a aumentar, consequência da falta de capacidade de resposta por parte dos serviços: “Há uma carência muito grande de enfermeiros, não conseguimos dar resposta adequada e os utentes não ficam satisfeitos”.

O reforço do número de enfermeiros nas unidades de saúde seria uma medida que certamente poderia diminuir de forma drástica os casos de violência, defende. “A situação [agressão física a uma enfermeira] ocorreu no serviço de urgência que é a porta de entrada do Serviço Nacional de Saúde. As urgências são caóticas com grandes tempos de espera e poucos recursos. Os profissionais não conseguem dar resposta”, denuncia.

Reportagem completa do Jornal “Região de Leiria” a 17 de novembro de 2016